467 research outputs found

    Portuguese ecclesiastics and Portuguese affairs near the Spanish cardinals in the roman curia : 1213-1254

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    This article aims at exploring the origins and repercussions of the relationship of the Portuguese Ecclesiastics who accompanied and advised the first Portuguese Kings with the two most influent Spanish Cardinals at the Roman Curia, in the years between 1213 and 1254: Pelayo Gaitán and Gil Torres. Starting with the 1218 grant of the royal tithes to the Portuguese dioceses, in which cardinal Gil is mentioned three times, this article tries to assess the possible origins of the relationship of Gil and the Portuguese ecclesiastics at that time, and to analyse the importance of both him and Pelayo in the causes dealt with in Rome, during the years 1212-1216, in order to solve the question between the King and his sisters. It then proceeds by looking at the remaining evidence related to the causes audited by Gil and Pelayo concerning Portugal and the remaining Iberian Kingdoms, and by trying to see how the composition of the “houses” of both Cardinals might help to reflect the turn of events in the future, namely the contested and disputed elections in Lisbon, in 1233, the accession of Tiburtius to Coimbra’s episcopate, the almost general “take over” of the Portuguese episcopate, in the 30s of the thirteen century, by canonists who had been close to these cardinals and the Roman Curia, and the deposition of Sancho II in 1245, at Lyons where cardinal Gil Torres and a relevant number of those present in 1218 were again together.Fundação para a Ciência e a Tecnologi

    the allegations of Martinho Pires in Rome (1199) on the quarrels between Braga and Compostela

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    UID/HIS/00749/2013In 1199 the quarrels between the sees of Braga and Compostela were at their peak. The archbishop of Braga went to Rome to defend his claims and have earlier sentences reversed. He did it by displaying an elaborate and complex set of allegations, contesting all of his opponents’ accusations and challenging the authority of the Pope as universal judge. As early as 1199, the concepts of plenitudo potestatis, certa scientia and the debate on the three persons of the Pope were put forward in an ingenious manner, resorting to legal arguments from Roman law, Canon law and the Scriptures, but weaving them to support Braga’s interests.These allegations help to further demonstrate the full extent of the juridical culture flourishing in the Northwestern Iberian Peninsula. They appear in a unique procedural piece of which only fragments have been published before. This article publishes the full text, with an apparatus of references, whilst commenting on the meaning of the allegations and their implications for what we know about juridical practice in the archdiocese of Braga as well as about the erudite reception of and reaction to the rise of the papal power.publishersversionpublishe

    People, ideas and models in flux in Medieval Europe

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    UIDB/00749/2020 UIDP/00749/2020This volume is the product of a profound reworking of a substantial number of contributions and, whilst it aims not to be about the “Global Middle Ages”, it does strive to contribute to the debate by suggesting different approaches to the theme through essays that hopefully will spark discussion and a reevaluation of the more traditional studies devoted to circulation, contact and exchange, and those dealing with cultural encounters and differing mental worlds. Here, possibilities may be activated by taking a view through the unsettling lens of global/local analysis and by aspiring to meet those challenges that thereby come into focus.publishersversionpublishe

    Introduction

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    UIDB/00749/2020 UIDP/00749/2020publishersversionpublishe

    Uma observação sobre Cuidados Continuados no domicílio

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    O Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de contribuir para a caracterização de cuidados continuados, nomeadamente, de longo termo e paliativos através da informação fornecida directamente pela população alvo potencialmente beneficiária da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, no Continente. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no segundo trimestre de 2007, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1034 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Nestas unidades de alojamento residem 3030 indivíduos. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, dos elementos com dependência, dos cuidados utilizados, das unidades de alojamento e dos cuidadores. Obtiveram-se 952 questionários válidos. As percentagens estimadas foram as seguintes: Dependentes com necessidade de cuidados continuados - 2,0%, na totalidade de residentes das unidades de alojamento (2788); Dependentes com ajuda adequada sempre ou quase sempre, independentemente do tipo de apoio em causa - 81%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade e que tem ajudam (59). Para duas situações de dependência não existe qualquer apoio; Dependentes com necessidade de ajuda no desempenho de uma ou mais actividades da vida diária - 97,6%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com necessidade de apoio no transporte - 69,4%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com necessidade de ajudas técnicas - 53,7%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com alojamento considerado adequado para a situação - 72,1%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes cujos cuidador era um familiar próximo - 96,3%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Os cuidadores na sua maioria eram mulheres - 72,8%, do grupo etário dos 45-65 anos - 55,1% e coabitavam com o dependente - 92,6%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade cujo cuidador principal era um familiar (57); A percentagem de inquiridos que tinham algum familiar dependente institucionalizado foi de - 4,0%, na totalidade de respondentes (711) A percentagem de respondentes que desempenhavam o papel de cuidadores informais, noutra unidade de alojamento foi de - 5,1%, na totalidade de respondentes (711). No estudo apenas foi detectado um indivíduo com necessidade de cuidados paliativos, cuja “unidade familiar, se revelou auto-suficiente para gerir a situação. Não será demais frisar que estes dados não devem ser inferidos acriticamente para a população do Continente. Apesar das limitações metodológicos os resultados obtidos podem constituir valores de referência, quiçá úteis, na fundamentação de programas de intervenção

    Vacinação antigripal da população portuguesa, em 2011-2012: cobertura e características do acto vacinal

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    Introdução: Dando continuidade ao trabalho desenvolvido desde a época de 1998-1999, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, estudou a cobertura da vacinação anti-gripal na época de 2011-2012. Objectivo: i) Estimar a cobertura vacinal contra a gripe sazonal (VAGS) na época gripal de 2011-2012, na população do Continente; ii) Caracterizar a prática da VAGS, relativamente a alguns factores, nomeadamente, iniciativa de vacinação, local de vacinação, calendário de vacinação, atitude face à vacina; Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS, em Março-Abril 2012. Esta amostra é aleatória e constituída por 1068 Unidades de Alojamento (UA), contactáveis por telefone fixo e móvel, estratificada por Região NUT II do Continente, com alocação homogénea. Estas unidades de alojamento representaram 3182 indivíduos. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento com 18 ou mais anos que prestou informação sobre si próprio e sobre os restantes elementos do agregado. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 12 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito à i) VAGS na época 2011-2012: iniciativa, mês de vacinação, local, motivos para não vacinação, percepção dos não vacinados face à vacina; ii) morbilidade por “gripe” auto-declarada e sintomas e sinais. As questões referentes à cobertura da VAGS foram semelhantes às utilizadas nos questionários aplicados nas épocas anteriores, a fim de se poder comparar resultados. Resultados: Obtiveram-se 821 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 76,9%. Através dos respondentes, um por alojamento, obtiveram-se dados sobre 2395 indivíduos residentes naquelas UA, correspondendo a 75,3% do total de indivíduos existentes nas UA da amostra. A cobertura da VAGS na época de 2011-2012 atingiu o valor de 16,4% (IC95%: 13,6%; 19,6%). A cobertura nos grupos de risco foi: 43,4% (IC95%: 35,5%-55,7%), nos indivíduos de 65 anos; 30,9% (IC95%: 25,2%-37,2%), nos portadores de pelo menos uma doença crónica. A vacinação antigripal sazonal ocorreu, quase totalmente, até final de Novembro: (97,6%: IC95%: 94,0%-99,1%), fundamentalmente, por indicação do Médico de Família: 55,8% (IC95%: 45,9%-65,2%); para se vacinarem utilizam essencialmente a farmácia: 55,1% (IC95%: 43,0%-66,7%), seguida do Centro de Saúde: 21,2% (IC95%: 13,4%-31,8%). O principal conjunto de razões invocadas para a recusa da vacinação sazonal relaciona-se com mecanismos de desvalorização/negação da importância da doença: 55,2% (IC95%: 49,4%-60,9%). Discussão/conclusões: Afigura-se importante rever as estratégias de promoção vacinal fundamentalmente, dos indivíduos com 65 anos e mais. Com efeito, é o segundo ano consecutivo em que se verificou diminuição da estimativa percentual de vacinados neste grupo alvo (Portugal assumiu a meta de 75% de cobertura da população idosa e de risco de complicações, para a época 2014-15), assim como no grupo de indivíduos portadores de alguma doença crónica para a qual se recomenda a vacinação

    Uma observação sobre o consumo de Genéricos

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    O Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de avaliar a dificuldades de acesso a medicamentos devidas a restrições económicas das famílias e a utilização dos medicamentos genéricos pela população portuguesa do Continente. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no quarto trimestre de 2008, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1026 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito: à capacidade de aquisição de medicamentos prescritos no ano 2008, ao conhecimento, atitudes e utilização de genéricos. Obtiveram-se 752 questionários válidos. Os resultados permitem concluir relativamente aos respondentes (≥18 anos): • A percentagem de respondentes com dificuldade de acesso a medicamentos prescritos por razões económicas, em 2008: 8,4%; • A percentagem de respondentes questionados, alguma vez, pelo médico sobre a capacidade económica para comprar determinado medicamento: 7,5% • A percentagem de respondentes que referiu saber o que é um medicamento genérico: 95,0%; • A percentagem de respondentes que referiu saber onde procurar informação sobre genéricos: 80,0%, dos quais 50,7% referiram utilizar a farmácia como principal fonte de informação; • A percentagem de respondentes (≥18 anos) que referiu saber o que é Sistema de Preços de Referência: 18,7%; • A percentagem de respondentes que, por iniciativa própria, procuraram junto do médico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento de marca prescrito: 29,3%; • A percentagem de respondentes que, por iniciativa própria, procuraram junto do farmacêutico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento de marca prescrito: 32,2%; • A percentagem de respondentes que não mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, independentemente do nível de poupança que teriam com a substituição: 12,1%; • A percentagem de respondentes que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, bastando para isso obter qualquer nível de poupança até 10€: 67,8%; • A percentagem de respondentes que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, só a partir de um nível de poupança de 10€ ou mais: 20,1%; • A percentagem de respondentes que referiu já ter sido medicada com genérico: 78,0%; • A percentagem de respondentes que referiu ter-lhe sida sugerida, por iniciativa do médico, a substituição de medicamento de marca por genérico: 15,1%; • A percentagem de respondentes (≥18 anos) que referiu ter-lhe sido sugerida, por iniciativa do farmacêutico, a substituição de medicamento de marca por genérico: 20,4%, destes, 79,7% seguiu a sugestão. Finalmente, não será demais realçar que os resultados apresentados não devem ser aferidos acriticamente para a população do Continente. Apesar das limitações metodológicas, espera-se que as conclusões do estudo possam ser úteis no âmbito da organização da prestação de Cuidados de Saúde

    Sinais de Alarme de Enfarte Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral: uma observação sobre conhecimentos e atitudes

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    O Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de avaliar o grau de conhecimento que a população portuguesa do Continente, com telefone fixo, tem dos sinais de alarme do Enfarte Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no segundo trimestre de 2008, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1033 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito: à “experiência” sobre EAM e AV; ao reconhecimento de sinais de alarme do Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC); ao comportamento adoptado perante a ocorrência de um Enfarte ou AVC; e conhecimento sobre a campanha “Seja mais rápido que um Enfarte/AVC”. Obtiveram-se 732 questionários válidos. Os resultados permitem concluir: a percentagem de respondentes (≥18 anos) que: -Identificaram «dor no peito, sensação de desconforto/opressão/peso/ardor no meio do peito» como sinal de alarme de Enfarte Agudo do Miocárdio foi de 84%; -Identificaram «encher-se de suores frios com sintoma de náusea e vómitos» como sinal de alarme de Enfarte Agudo do Miocárdio foi de 48%; -Identificaram «dor no peito, sensação de desconforto/opressão/peso/ardor no meio do peito» e «encher-se de suores frios com sintoma de náusea e vómitos» como sinais de alarme de Enfarte Agudo do Miocárdio foi de 45%; -Identificaram «ficar confuso ou com dificuldade na fala, subitamente» como sinal de alarme de Acidente vascular Cerebral foi de 85%; -Identificaram «adormecimento, falta de força da face (boca ao lado), braço ou perna, especialmente só de um lado» como sinal de alarme de Acidente Vascular Cerebral foi de 93%; -Identificaram «ficar confuso ou com dificuldade na fala, subitamente» e «adormecimento, falta de força da face (boca ao lado), braço ou perna, especialmente só de um lado» como sinais de alarme de Acidente Vascular Cerebral foi de 82%; -Perante a ocorrência de um Enfarte Agudo do Miocárdio ou de um Acidente Vascular Cerebral, o que fariam em primeiro lugar, seria «Ligar 112» foi de 82%; -Identificaram «dor no peito, sensação de desconforto/opressão/peso/ardor no meio do peito» e «encher-se de suores frios com sintoma de náusea e vómitos» como sinais de alarme de Enfarte Agudo do Miocárdio e ligariam 112, em primeiro lugar, na eventualidade de uma ocorrência de EAM foi de 40%; -Identificaram «ficar confuso ou com dificuldade na fala, subitamente» e «adormecimento, falta de força da face (boca ao lado), braço ou perna, especialmente só de um lado» como sinais de alarme de Acidente Vascular Cerebral e ligariam 112, em primeiro lugar, na eventualidade de uma ocorrência de AVC foi de 68%; Já tinha ouvido falar da campanha «Seja mais rápido que um Enfarte ou AVC» foi de 24%. Finalmente, não será demais realçar que os resultados apresentados não devem ser aferidos acriticamente para a população do Continente. Apesar das limitações metodológicas, espera-se que as conclusões do estudo possam ser úteis para a adopção de medidas a implementar e contributo para a avaliação de programas de intervenção já em curso

    Vacinação antigripal da população portuguesa, em 2008-2009: cobertura e algumas características do acto vacinal

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    Introdução: A gripe é uma doença infecciosa que anualmente é responsável por epidemias sazonais que atingem entre 5 a 20% da população. Até à data, a principal medida de prevenção da infecção gripal e das complicações que lhe estão associadas é a vacinação. Dando continuidade ao trabalho desenvolvido desde a época de 1998-1999, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, estudou a vacinação anti-gripal, nomeadamente a cobertura da vacinal na época gripal de 2008-2009. Objectivo: Estimar a cobertura da VAG na população portuguesa do Continente e caracterizar a prática da vacinação relativamente a alguns factores, nomeadamente, iniciativa de vacinação, local de vacinação, calendário de vacinação praticado, atitude face à vacina. Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, em Janeiro de 2009, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 870 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Estas unidades de alojamento representaram 2563 indivíduos. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento com 18 ou mais anos que prestou informação sobre si próprio e sobre os restantes elementos do agregado. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 18 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito à vacinação antigripal na época passada e na época actual, aconselhamento, local, calendário de vacinação, percepção dos não vacinados relativamente à vacina. As questões referentes à cobertura da vacinação antigripal foram semelhantes às utilizadas nos questionários aplicados nas épocas anteriores, afim de se poder comparar resultados. Resultados: Obtiveram-se 756 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 86,9%. Através dos respondentes, um por alojamento, obteve-se, ainda, dados sobre 2192 indivíduos residentes naquelas UA, correspondendo a 85,5% do total de indivíduos existentes nas UA da amostra. A cobertura da vacina anti-gripal (VAG) na época de 2008-2009 atingiu o valor de 18,3% (IC95%: 16,6%; 20,1%) o que correspondeu a 384 indivíduos vacinados. A cobertura nos grupos de risco foi: 53,3% (IC95%: 47,9%-58,6%), nos indivíduos de 65 anos; 31,3 (IC95%: 28,2%-34,6%) nos portadores de pelo menos uma doença crónica. A vacinação ocorreu, quase totalmente, até final de Novembro: 96,6% (IC95%: 93,9%-98,1%); fundamentalmente, por indicação do Médico de Família: 64,3% (IC95%: 59,1%-69,2%); utilizam o Centro de Saúde para a administração da vacina: 42,8% (IC95%: 35,2%-50,8%). O principal conjunto de razões invocadas para a recusa da vacinação relaciona-se com mecanismos de desvalorização/negação da importância da doença: 59,1%(IC95%: 54,6%-63,5%). Discussão/conclusões: Afigura-se importante continuar a promover uma maior cobertura com a vacina antigripal dos indivíduos com 65 anos e mais (Portugal assumiu a meta de 75% de cobertura da população idosa, em 2010), assim como no grupo de indivíduos portadores de alguma doença crónica para a qual se recomenda a vacinação

    Uma observação sobre a utilização de “cuidados preventivos” pelo homem, em Portugal Continental

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    O Observatório Nacional de Saúde realizou um estudo com o objectivo de estimar a percentagem de homens da população portuguesa (Continente) com “práticas” relacionadas com medicina preventiva e que abaixo se discriminam. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no último trimestre de 2006. Foi utilizada uma amostra aleatória constituída por 1061 indivíduos do sexo masculino com ≥ 25 anos. Destes indivíduos, 969 foram recrutados na amostra ECOS, constituída por unidades de alojamento (UA), com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea e na qual foram seleccionadas as UA com pelo menos um elemento com aquelas características; 92 pertenciam ao conjunto de elementos de uma nova amostra ECOS-móvel, amostra de famílias, cujos elementos foram recrutados e entrevistados por telemóvel. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito às “práticas preventivas” em estudo. Obtiveram-se 625 questionários válidos. As percentagens estimadas foram as seguintes: Ter médico assistente - 93%, nos indivíduos de ≥25 anos (623); Exame periódico de saúde há um ano ou menos - 54%, nos indivíduos de ≥50 anos (404); Reforço da vacina antitetânica há 10 ou menos anos - 62%, nos indivíduos de ≥25 anos (624); Teste para o HIV/SIDA - 34%, nos indivíduos de 25-64 anos (420); Medir a tensão arterial há dois ou menos anos - 96%, nos indivíduos de ≥25 anos que declararam não ter TA elevada (417); Doseamento da glicemia há três ou menos anos - 83%, nos indivíduos de ≥45 anos que declararam não ter diabetes (380); Doseamento da colesterolemia há cinco ou menos anos - 81%, nos indivíduos de ≥30 anos que declararam não ter colesterol elevado (366); Toque rectal há um ano ou menos - 18%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter doença da próstata (256); Teste PSA (antigénio específico da próstata) há um ano ou menos - 57%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter doença da próstata (256); Pesquisa de sangue oculto nas fezes há dois anos ou menos - 17%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter cancro colo–rectal (324) Apesar das limitações metodológicas e da eventual imprecisão de alguns valores, estes resultados podem constituir indicadores de referência, úteis na fundamentação de programas de prevenção/intervençã
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